As Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) são uma preocupação antiga, considerada uma grande ameaça para a saúde pública e, principalmente, para as empresas alimentícias. Se você é empreendedor(a) no ramo de alimentos, provavelmente já deve ter ouvido sobre esse assunto e sobre os Manuais de Boas Práticas (MBP). Porém, você sabe o que são as Boas Práticas e como estão relacionadas às DTAs? Continue lendo para saber mais sobre esse tema de grande importância para sua saúde.
Entenda a relação entre as DTAs e as Boas Práticas
A segurança higiênica de um estabelecimento voltado para o ramo alimentício é uma questão de muita preocupação para os empreendedores. Isso porque tais doenças são um risco para a saúde dos consumidores, principalmente crianças, idosos e grávidas. Sendo assim, o consumo de alimentos com presença de microrganismo, substâncias tóxicas e parasitas que prejudicam a saúde da população causam as DTAs. Dessa forma, para evitar a contaminação, há medidas que devem ser seguidas, desde a escolha e compra dos produtos usados até a venda para o consumidor.
Tais medidas estão exemplificadas nas Boas Práticas (BPs). Elas são um conjunto de práticas de procedimentos higiênicos estabelecidas para locais que manipulam, produzem e/ou comercializam alimentos. A legislação de cada país é responsável por determiná-las e descrevê-las nos documentos: Manual de Boas Práticas (MBP) e Procedimento Operacional Padrão (POP).
Mas o que é o MBP e o POP?
O Manual de Boas Práticas (MPB) é um documento que descreve todo o trabalho executado no estabelecimento de acordo com as legislações. Esse manual contém informações de como é feito o controle de pragas, os procedimentos higiênicos, o controle da saúde e o treinamento dos funcionários, por exemplo. Assim, o MBP é o documento que diz o que fazer e como fazer para que o seu alimento seja produzido de forma segura para o consumidor. Seguindo as legislações que se relacionam com as boas práticas, podemos encontrar direcionamentos como o tipo de material que deve ser usado nas bancadas que o alimento entra em contato.
Já o Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento que descreve o passo a passo de como realizar cada uma das atividades rotineiras e específicas na produção, armazenamento e transporte dos alimentos. Nesse sentido, ele destaca as etapas da tarefa, os responsáveis que irão realizá-las, os materiais necessários e a frequência em que deve ser feito. Um dos exemplos de POP é o de como deve ser feita a lavagem das mãos dos manipuladores de alimentos para prevenir a contaminação destes.
Será que o seu estabelecimento precisa de um MBP?
Todas as empresas da área de alimentos devem ter o MBP, porém a importância do documento não se deve apenas por questão de obrigatoriedade, mas também para garantir qualidade na produção do produto. É importante deixar claro que o Manual de Boa Práticas é exclusivo de cada indústria alimentícia para que ocorra o exato controle de todas as operações realizadas neste estabelecimento.
Além disso, com esse manual é possível melhorar a sua empresa, através da padronização dos processos industriais. Isso irá contribuir para a uniformidade dos produtos e redução de descartes excessivos de alimentos. Como consequência, esse fator poderá trazer redução dos custos para o produtor e fidelização de clientes satisfeitos com o serviço.
Saiba mais sobre as legislações que envolvem as Boas Práticas
Os responsáveis por supervisionar a produção de alimentos no Brasil são: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a qual fiscaliza os alimentos para humanos e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que fiscaliza os alimentos para animais.
As legislações que regulam a produção de alimentos para humanos são: a RDC N° 275/2002 e a RDC N° 216/2004. Elas ditam sobre os Procedimentos Operacionais Padronizados e sobre Boas Práticas para estabelecimento e serviços de alimentação. Já a legislação que regula a produção de alimentos para animais é a Instrução Normativa 04/2007.
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