Pet Food é o segmento do mercado de produção de alimentos para animais de estimação. Devido a grande importância desses animais nas famílias, esse setor é um dos que mais fatura no mercado.
Em 2016, foi responsável por 67,5% de todo o faturamento, movimentando cerca de R$ 12,8 bilhões em apenas um ano. É tão grande que chega a ser mais de quatro vezes maior do que o segundo maior segmento, Pet Serv – serviços para animais de estimação –, que é responsável por 16,7%.
História do Pet Food
A maioria dos cidadãos convivem com animais domésticos durante sua vida, um cão ou um gato para companhia, guarda ou simplesmente por hábito de convivência. A alimentação fornecida para esses animais tinha como base sobras de comida ou arroz especialmente preparado com carne e legumes.
A realidade de hoje em dia mudou. Cada vez os consumidores procuram alimentos indicados para seus animais, que contenham todos os nutrientes necessários para uma alimentação correta e saudável. Visando esse tipo de consumidor, começou-se a cogitar a industrialização de alimentos específicos e balanceados para esses animais, surgindo um novo segmento: o Pet Food.
Saturação do Mercado de Pet Food
Como perceberam a magnitude desse mercado, diversas indústrias de produção de Pet Food surgiram e, algumas empresas lideravam esse segmento por um tempo, crescendo cada vez mais sua comercialização e elaboração de novos produtos.
Esse segmento por ser promissor e ter atingindo uma fatia onde mais de 40% dos cães e 25% dos gatos são alimentados com rações industrializadas, gera um faturamento que agrada a muitas empresas. Isso estimulou a exploração desse mercado por empresas que se dedicam exclusivamente à alimentação de pets. Isso proporciona um aumento de indústrias voltadas para essa produção, que está cada vez mais saturado devido a esse aumento
Tenha um diferencial
Como esse mercado está cada vez mais saturado, é importante ter um diferencial para alcançar um maior número de pessoas. O primeiro passo para isso é entender a humanização dos cuidados com esses animais. Isso porque o animal de estimação está cada vez mais próximo do seu dono.
Ao se falar de Pet Food, os seus donos estão procurando verdadeiras refeições, o que inclui a rotulação desses produtos, que confere confiança e transparência ao consumidor. Além disso, maiores chances de expandir o mercado, uma vez que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA – preconiza a rotulagem dos produtos embalados ou a granel destinados à alimentação de animais.
Rotulagem para Pet Food
A rotulagem para alimentos para pets deve ter embasamento na Instrução normativa n° 30, de 5 de agosto de 2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e seguir todos os seus pré-requisitos e solicitações. Um dos pedidos do MAPA para rotulagem são os níveis de garantia, pedido esse que gera muita dúvida ao vendedor. Porém, nível de garantia nada mais é que apresentar nos rótulos as seguintes garantias:
Umidade: Declara a quantidade máxima de umidade (água) que pode estar presente no alimento. A água representa 2/3 do peso corporal de um animal, sendo fundamental a sua presença na composição de alimentos. Tem como função transportar substâncias e é o meio onde ocorrem muitas reações do organismo. Além disso, ajuda a manter a temperatura corporal.
Proteína Bruta: Declara a quantidade mínima de proteína presente no alimento. A proteína está diretamente ligada à formação de tecidos no organismo, como ossos, músculos e estruturas nervosas. Por isso, é um componente importante para a saúde do cão.
Extrato Etéreo: Declara a quantidade mínima de lipídios ou gordura presente no alimento, A gordura é uma das principais fontes de energia. Além disso, são importantes para o crescimento, para a reprodução e para a agregação de vitaminas. Ainda auxiliam também na palatabilidade do alimento.
Matéria Fibrosa: Declara a quantidade máxima de fibra que pode estar presente no alimento, É um componente necessário à saúde intestinal dos animais. São de origem vegetal e não são metabolizadas pelo sistema digestivo animal. Porém, auxiliam em todo o processo digestivo do cão.
Matéria Mineral: Declara a quantidade máxima de minerais que pode estar presente no alimento. São substâncias que fazem parte dos tecidos, como ossos, dentes, sangue e sistema nervoso. Possuem diferentes funções no organismo e contribuindo para a função estímulos nervosos, ritmo cardíaco e atividade metabólica.
Cálcio: Declara a quantidade máxima que pode estar presente no alimento, expressa em porcentagem. É um componente importante para a manutenção da saúde óssea, além de estar envolvida em funções musculares e sanguínea. Sendo assim, é um importante fator para retardar a fadiga muscular e para a coagulação sanguínea.
Fósforo: Declara a quantidade mínima que deve estar presente no alimento. Esse componente, distribuídos pelos tecidos, desempenha diferentes funções. Por exemplo, atua na composição óssea e também nas transferências de energia ligados ao metabolismo celular.
Escrito por: Carlos Augusto Freitas – Assessor de Projetos