O que deve ser pesquisado e considerado ao desenvolver um cosmético

Se você possui uma empresa voltada para a área de cosméticos, tenho certeza que já pensou em desenvolver um produto que seja exclusivamente seu. No entanto, será que você conhece os pontos necessários que devem ser pesquisados e considerados ao desenvolver um produto cosmético? A Fórmula Consultoria pode te ajudar nessa questão! Venha conferir as informações que a gente trouxe para auxiliar você a dar o primeiro passo. 

O que são cosméticos e como nós podemos classificá-los?

De acordo com a RDC Nº 07, de 10 de fevereiro de 2015, assim como os produtos de higiene pessoal e perfumes, os cosméticos são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas. Sendo assim, seu uso é externo nas diversas partes do corpo humano, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-lo, perfumá-lo, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais. Além de proteger e mantê-los em bom estado. 

No que diz respeito às suas classificações, os cosméticos podem ser classificados em dois tipos: 

Grau 1:

Os produtos que fazem parte do grupo de grau 1 são caracterizados por possuírem propriedades básicas. Isto é, que não necessitam de uma comprovação de eficácia e informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso. Exemplos de produtos de grau 1: bases faciais e corporais, batom labial, condicionadores, desodorantes, esmaltes e outros.

Grau 2:

Os produtos que fazem parte do grupo de grau 2 são caracterizados por possuírem indicações específicas. Dessa forma, necessitam de uma comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Exemplos de produtos de grau 2: água oxigenada, bronzeadores, protetores solares, sabonetes de uso íntimo e produtos de uso infantil. 

O que compõe um cosmético?

  • Matéria-prima

A matéria-prima é o material em estado natural e bruto utilizado no processo de fabricação do produto final. Dessa maneira, ela pode ser formada por uma ou mais substâncias químicas, de maneira que a união dessas matérias-primas dará origem a uma formulação.

  • Veículo ou excipiente

Veículo ou excipiente, por sua vez, corresponde à etapa da formulação, na qual são misturados os princípios ativos, com a finalidade de dar a estrutura final ao cosmético. Além disso, é importante citar que para preparações líquidas usamos o termo “veículo” e, no caso de preparações sólidas, utilizamos a palavra “excipiente”.

  • Princípio ativo

Princípios ativos são componentes da formulação responsáveis pela ação do cosmético. De uma forma mais clara, eles representam o ingrediente principal da fórmula, uma vez que é responsabilidade deles promover a ação do produto. 

  • Adjuvantes

Adjuvantes são substâncias cuja função é garantir uma formulação estável, sem alterações de ordem química, física ou microbiológica. Para um melhor entendimento, um exemplo dessas substâncias são os conservantes, os quais têm a capacidade de proteger o produto contra a contaminação por fungos e bactérias.

  • Corretores de pH

Os corretores de pH, como o próprio nome já diz, corrigem o pH final da formulação para uma faixa compatível com a fórmula química e com a região de aplicação. Sendo assim, eles podem atuar de duas maneiras, sendo elas: elevando e diminuindo o pH até o nível ideal. 

Quais são as 5 etapas necessárias para o desenvolvimento de um cosmético?

Primeira etapa: Qualificação de fornecedores de matérias-primas

A primeira etapa necessária corresponde à certificação de que o fornecedor da matéria-prima cumpre todas as exigências estipuladas pela ANVISA e apresenta a sua qualidade comprovada.

Segunda etapa: Definição da formulação cosmética e seleção das matérias-primas

Em seguida, é preciso determinar a formulação cosmética e selecionar as matérias-primas, isto é, buscar entender qual a finalidade desejada para o cosmético e a partir dessa conclusão, selecionar as matérias-primas essenciais para a formulação do produto. 

Terceira etapa: Realização de testes de bancada

Nesta fase são realizados testes de bancada em uma produção de pequena escala, como é o caso de ensaios organolépticos, testes físico-químicos e testes de centrifugação.

Quarta etapa: Realização de testes de estabilidade

Os testes de estabilidade garantem a segurança e eficácia do cosmético, assim como favorecem a produção em larga escala do produto. Desse modo, nesta etapa verifica-se a temperatura que o produto é estável, prazos de validade, entre outros.

Quinta etapa: Registro ou notificação do produto à ANVISA

Por fim, após o acontecimento dos dois últimos pontos, o produto pode ser registrado ou notificado perante à ANVISA conforme o seu grau de risco. Dessa forma, sendo o produto de grau 1, ele será notificado. No entanto, se o cosmético for considerado de grau 2, ele deverá ser registrado.

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