Em 2018, o Brasil alcançou o título de 4º maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo. E, apesar da pandemia da COVID-19, houve crescimento do setor em relação ao ano anterior. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) considera como cosméticos produtos que incluem maquiagens, perfumes e produtos de higiene pessoal. De acordo com o Guia de Controle de Qualidade de Produtos Cosméticos, divulgado pela ANVISA, o controle de qualidade é entendido como: “O conjunto de atividades destinadas a verificar e assegurar que os ensaios necessários e relevantes sejam executados e que o produto não seja disponibilizado para uso e venda até que cumpra com a qualidade preestabelecida. O Controle de Qualidade não deve se limitar às operações laboratoriais, mas abranger todas as decisões relacionadas à qualidade do produto”.
Afinal, qual a importância do controle de qualidade?
O controle de qualidade abrange os processos e parâmetros técnicos utilizados na produção de maquiagens e sua prática visa certificar a fabricação de produtos de qualidade, minimizando a probabilidade de defeitos. Dessa forma, é garantida a eficiência dos processos e, por consequência, a diminuição de gastos, uma vez que ocorre a redução de desperdícios de matérias-primas, recursos e tempo empreendido.
Tudo isso colabora para você não só oferecer um produto de qualidade ao consumidor, como também assegurar a sua saúde e elevar seu nível de satisfação, tornando sua marca referência no setor de maquiagens.
Portanto, verificar a adesão dessas especificações deve ser visto como algo essencial para garantir a segurança, qualidade e eficácia do produto, e não somente como uma exigência regulatória.
Classificação dos Cosméticos: por que é útil?
Os cosméticos englobam produtos de variados tipos que podem ser classificados em grau 1 ou grau 2. A diferença é simples: para os de grau 1, não é necessária comprovação científica ou de eficácia; já para os cosméticos de grau 2, é obrigatória a verificação se o produto realmente possui segurança e eficácia para a indicação a qual promete. Por exemplo: um corretivo normal, destinado apenas para uniformização da pele, é classificado como grau 1. Entretanto, se o corretivo passar para uma nova formulação indicada para também secar espinhas, então serão necessários testes mais particulares para comprovar sua eficácia para esse fim, já que agora pode ser usado para tratamento de acne, portanto, seria um cosmético de grau 2.
Essa classificação é importante justamente por conta do controle de qualidade, lembrando que tanto os cosméticos de grau 1, assim como os de grau 2 precisam ser analisados laboratorialmente. Afinal, por exemplo, um produto de uso tópico não pode causar coceira, descamação ou outros sintomas, e essas análises também precisam ser feitas aos produtos de grau 1. Alguns exemplos de cosméticos de grau 1: maquiagens, perfumes, demaquilantes e cremes hidratantes. Alguns exemplos de cosméticos de grau 2: protetor solar, cremes para acne e anti-rugas e produtos infantis.
Como o controle de qualidade é feito?
O conjunto de operações que compõem o controle de qualidade no processo de fabricação de maquiagens são: as características físico-químicas e microbiológicas das matérias-primas, as embalagens, os produtos em processo de fabricação e os produtos acabados. Logo, as operações dividem-se em etapas, sendo essas o controle das matérias-primas ao iniciar o processo de fabricação, o controle do processo durante a fabricação e o controle ao final desse processo. Portanto, a ANVISA considera como responsabilidade do Controle de Qualidade:
a) Participar da elaboração, atualização e revisão de especificações e métodos analíticos para matérias-primas, materiais de embalagem, produtos em processo e produtos acabados, bem como dos procedimentos relacionados à área produtiva que garanta a qualidade dos produtos;
b) Aprovar ou reprovar matéria-prima, material de embalagem, semi-elaborado, a granel e produto acabado;
c) Manter registros completos dos ensaios e resultados de cada lote de material analisado, de forma a emitir um laudo analítico sempre que necessário; d) Executar todos os ensaios necessários;
e) Participar da investigação das reclamações e devoluções dos produtos acabados;
f) Assegurar a correta identificação dos reagentes e materiais;
g) Investigar os resultados fora de especificação, de acordo com os procedimentos internos definidos pela instituição e em conformidade com as normas de Boas Práticas de Fabricação;
h) Verificar a manutenção das instalações e dos equipamentos;
i) Certificar-se da execução da qualificação dos equipamentos do laboratório, quando necessária;
j) Garantir a rastreabilidade de todos os processos realizados;
k) Promover treinamentos iniciais e contínuos do pessoal da área de Controle da Qualidade.
Como a Fórmula pode ajudar você?
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Escrito por:
Carolina Barros – Coordenadora da DAF
Matheus Meirelles – Assessor de Marketing e Assessor de Projetos
Tamires Ferreira – Assessora de Marketing
Referências Bibliográficas:
Guia de controle de qualidade de produtos cosméticos. 2ª ed., rev. Brasília: Anvisa, 2008.
Resolução da diretoria colegiada RDC nº 7, de 10 de Fevereiro de 2015.